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@Dora Lopes e Linda Rodrigues na voz de Linda Baptista: "Saiu por aí"
https://osalbertosapresentam.blogspot.com/2018/12/as-parcerias-de-dora-lopes-e-linda.html AS PARCERIAS DE DORA LOPES E LINDA RODRIGUES Dora Lopes e Linda Rodrigues tinham muito em comum. Eram mulheres cariocas da mesma geração (Dora de 1922 e Linda de 1919) que iniciaram suas carreiras artísticas cantando no rádio nos anos 1940, fizeram algum sucesso na década de 1950 depois de estourarem com gravações de sambas-canções (Dora com "Baralho da vida" e Linda com "Lama") e se diferenciavam da maior parte das cantoras de rádio da época por serem mais do que intérpretes: ambas eram compositoras. Longe dos microfones, as duas também compartilhavam hábitos, gostos e estilos de vida parecidos: posavam de maiô para jornais e revistas, bebiam, fumavam, eram declaradamente umbandistas e amavam livremente - Dora era lésbica, Linda era bissexual e todos no meio artístico e na imprensa sabiam disso. As posturas adotadas por Dora e Linda - principalmente na vida pessoal - prejudicaram bastante suas carreiras em um tempo moralista, machista e hipócrita. Constantemente, se viam obrigadas pelas rádios e gravadoras das quais eram contratadas a aparecerem em publicações especializadas em artistas, como a "Revista do Rádio", anunciando um noivado ou casamento. Dora chegou a ser despedida da Rádio Nacional depois que seu romance com a cantora Aracy Costa veio a público no início dos anos 1950. Em um período em que existiam poucas compositoras sendo gravadas, havia certa cumplicidade entre as mulheres que compunham: a primeira composição de Dora Lopes ("Um amor assim") foi gravada por Dolores Duran em 1952 e a segunda ("Mesa de bar") por Linda Rodrigues em 1953. Linda Rodrigues, por sua vez, além de Dora Lopes (de quem também gravou "Sereno no samba"), estabeleceu uma parceria de muitos anos com a compositora Aylce Chaves, que lhe deu seu primeiro grande sucesso - "Lama". Com Aylce, Linda compôs "Quando a gente fica velho", "Farrapo humano" e "Companheiras da noite". E para Aylce, quando o caso amoroso que mantinham sofreu uma interrupção, Linda dedicou "Farrapo de calçada", samba-canção lançado em 1954. Como não podia deixar de ser, frequentando os mesmos ambientes e a mesma turma, Dora Lopes e Linda Rodrigues logo se tornaram amigas e parceiras em algumas composições. Quatro delas foram gravadas entre 1958 e 1967. Em 1958, Zezinho gravou "Cabeça virada" (parceria das duas com Aldacir Louro). Em 1966, um samba assinado apenas por Dora e Linda - "Pedra 90" - foi gravado por Noite Ilustrada. E em 1967, Ary Cordovil lançou "Coração boa-praça" (mais uma parceria da dupla, dessa vez com Flora Mattos) e Linda Baptista registrou "Saiu por aí" (outra somente das duas). Com exceção de "Pedra 90", nenhuma dessas parcerias está entre as melhores composições de Dora Lopes (autora de clássicos como "Samba da madrugada") nem de Linda Rodrigues, mas vale a pena trazê-las aqui pela força da parceria entre duas compositoras pioneiras que viveram intensamente suas certezas e pagaram caro por isso - um desses preços foi o esquecimento.

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