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EFS Assessoria e Consultoria Empresarial 's video: N o importa o tamanho do seu problema o que importa sua vontade em resolver seus problemas

@Não importa o tamanho do seu problema, o que importa é sua vontade em resolver seus problemas.
O fenômeno mais notável do período 2004-2011 foi o aumento acentuado do crédito sem que isso gerasse uma grande inflação de preços. A economia brasileira apresentou uma aparentemente mágica capacidade de expandir o crédito, a renda, os empregos e os salários sem que isso se traduzisse em explosão dos preços. Foi a primeira vez na história do real que isso aconteceu — crédito se expandindo exponencialmente e preços se desacelerando também fortemente. O que explica esse descompasso entre, de um lado, expansão exponencial do crédito, dos salários crescentes e da renda, e de outro, desaceleração da inflação de preços? Simples: dólar em contínuo enfraquecimento. Até 2002, o dólar vinha de duas décadas de inabalável robustez. Em 2002, porém, ele começa a perder força, muito provavelmente por causa do início do confronto no Afeganistão. A partir de 2003, com a invasão americana do Iraque, o dólar entra em queda livre perante todas as outras moedas do mundo. (Guerras são péssimas para a moeda dos países envolvidos. Guerras geram enormes custos militares e extra-orçamentários, os quais são cobertos majoritariamente via endividamento do governo). De 2003 a 2011, o dólar se desvalorizou fortemente em relação a todas as moedas do mundo, desde o franco suíço, dólar canadense e dólar australiano até o peso chileno, o peso colombiano, e o sol peruano. Perdeu até para a moeda do Haiti. Em termos de ouro, a onça foi de US$ 300 em 2003 para U$ 1.900 em 2011. E em relação ao real, o dólar caiu de R$ 3,75 no início de 2003 para R$ 1,60 em meados de 2011. Ou seja, o dólar se enfraqueceu perante o mundo. O que isso significou? Em períodos normais — isto é, quando o dólar está forte e estável —, expansões do crédito nos países periféricos tendem a rapidamente gerar carestia, pois tais expansões, além de aumentarem a quantidade de dinheiro na economia, também geram desvalorizações na taxa de câmbio, o que rapidamente obriga os bancos centrais a subirem os juros e abortarem essa expansão do crédito. Porém, se uma expansão do crédito for acompanhada de uma apreciação da taxa de câmbio — um evento raro —, a carestia fica bem mais contida, permitindo assim que a expansão do crédito dure mais tempo e eleve continuamente a renda, o emprego e o consumo, e sem gerar grandes pressões nos preços. Como o preço do dólar caía continuamente, isso fazia com que todos os produtos importados (de eletroeletrônicos e utensílios domésticos a roupas e mobiliários), bem como todos os produtos nacionais cuja produção utilizasse insumos com componentes importados (desde pão até remédios), não subissem de preço na mesma proporção da expansão do crédito. Ou seja, com o dólar cada vez mais barato, não havia pressão altista sobre vários bens de consumo. Consequentemente, a expansão do crédito pôde durar mais tempo sem gerar carestia generalizada. A renda real das pessoas cresceu. Só que tudo o que se baseia em fundamentos flácidos eventualmente desaba. E tão logo o dólar começou a se fortalecer a partir de 2012, todo o arranjo se esfacelou. Confundiu-se moeda estrangeira fraca com prosperidade nacional eterna, e concluiu-se que os bons resultados obtidos dispensavam o governo de obedecer às irrevogáveis leis da economia. Gastos foram elevados e nenhuma reforma estrutural foi feita. Foi o dólar fraco quem nos entregou uma quimera que durou quase 10 anos, e foi o dólar forte quem nos trouxe — brutalmente — de volta à realidade. Por si só, um aumento do dólar já seria o suficiente para desestabilizar todo esse arranjo artificial. Porém, os efeitos desse aumento do dólar foram intensificados pela pavorosa “Nova Matriz Econômica”, com cuja fatura estamos arcando até hoje. Boas aulas para você com nossos vídeos aula.

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