Rona RS's video: BELCHIOR GILVAN DE OLIVEIRA Raridade Ac stica HD

Depois de ouvir este disco tão bem gravado, você vai ficar com ainda mais saudades dele! Em 1996, Belchior e o músico, professor e arranjador mineiro Gilvan de Oliveira gravaram este ótimo disco acústico denominado “Um Concerto a Palo Seco”. Gilvan é um virtuose do violão. Estudou no Guitar Institute of Technology de Los Angeles, foi professor e diretor na Música de Minas Escola Livre, criada por Milton Nascimento e Wagner Tiso. Já acompanhou artistas como Milton Nascimento, Fernando Brant, Flávio Venturini, Dominguinhos, entre outros. Fez participação especial em concerto de Al di Meola. Parceiro de Fernando Brant em trilhas para espetáculos premiados. Já se apresentou nos EUA, França, Portugal (onde dividiu um concerto com Cesária Évora), Cuba, Uruguai, Bélgica, Espanha, Alemanha e Itália. Pois é... Você vai poder ouvir o violão de Gilvan de Oliveira, como a mais perfeita moldura para a palavra e a poesia de Belchior. Há nítido prazer no cantar dos versos. Hora de limpar os ouvidos. Um biscoito fino! E Belchior? Ah, Belchior... Cearense nascido na cidade de Sobral, Belchior muda-se em 1962 para Fortaleza, onde estudou Filosofia e Humanidades. Começou a estudar Medicina, mas abandonou o curso no 4º ano, em 1971, para dedicar-se à carreira artística. Influência musical já era de família. Seu pai tocava flauta e saxofone e sua mãe cantava em coro de igreja. Aquele rapaz latino-americano, sem parentes importantes e vindo do interior queria mais, muito mais. Seu talento e obstinação levaram-no a juntar-se a um grupo de jovens compositores e músicos, como Fagner, Fausto Nilo, Amelinha, Ednardo e o Pessoal do Ceará, Manassés, entre outros. Estes músicos ganhariam, cada um a seu modo, projeção nacional. Em 1971, quando se mudou para o Rio de Janeiro, o compositor Belchior venceu o IV Festival Universitário da MPB, com a canção “Na Hora do Almoço’, cantada por Jorge Melo e Jorge Teles. Com essa mesma música ele estrearia como cantor, em disco da gravadora Copacabana. Em 1972, Elis Regina gravou sua composição “Mucuripe”, composta em parceria com Fagner. Elis foi muito importante para a carreira de Belchior. Dele, ela ainda regravaria “Como Nossos Pais”, numa interpretação definitiva e de muito sucesso, além de “Velha Roupa Colorida”. “Mucuripe” também foi regravada por Roberto Carlos, Nelson Gonçalves e Oswaldo Montenegro. “Paralelas” foi outro grande sucesso na voz de Vanusa, regravada também por Elba Ramalho. Compositor de muita inspiração, Belchior foi um dos primeiros cantores de MPB do nordeste brasileiro a fazer sucesso nacional. O artista é um homem culto, apreciador e incentivador das artes plásticas. O sobralense convicto, além do grande talento na música, também é pintor, poeta e desenhista. Mas Belchior sumiu dos palcos e da nossa vida... Em 2009, diante dos boatos de seu desaparecimento, a imprensa empreendeu uma verdadeira “caçada” ao músico. Ele já havia se separado de sua esposa e vivia com uma nova companheira, Edna, militante de organizações de extrema-esquerda, e que é definida por quem a conhece mais de perto como “idealista utópica”. Posteriormente Belchior deixou de fazer shows, abandonou filhos, parentes e bens pessoais. São diversas as notícias na imprensa sobre os processos judiciais que Belchior enfrenta, relacionados à pensões alimentícias e até na justiça trabalhista. Em consequência, teve contas bancárias bloqueadas e não são poucos os relatos de dívidas por hospedagens não pagas em hotéis no Ceará, no sul do Brasil (consta que reside em Porto Alegre) e até no Uruguai. O casal já se hospedou em casa de campo e até em abrigo voltado à caridade. Alguns definem Edna, companheira de Belchior, como “a Yoko às avessas”. Como se sabe, Yoko Ono ficou antipatizada pelos fãs dos Beatles porque não descolava de John Lennon e o influenciava demais, mas não impediu que o ex-beatle continuasse uma bela carreira solo. Seus ex-empresários afirmam com todas as letras, que é só Belchior querer voltar que os shows estão garantidos. Há muita procura por ele e seus fãs não veem a hora de reencontrá-lo. Fica o mistério. "Deixando a profundidade de lado/Eu quero é ficar colado à pele dela noite e dia/Fazendo tudo de novo e dizendo sim à paixão, morando na filosofia (...) Ora direis, ouvir estrelas, certo perdeste o senso/Eu vos direi no entanto/Enquanto houver espaço, corpo e tempo e algum modo de dizer não/Eu canto (DIVINA COMÉDIA HUMANA)”. Belchior compôs todas as músicas deste disco, com exceção de “Mucuripe”, onde tem a parceria de Fagner. OBS: Infelizmente o grande artista cearense faleceu na noite de 29/04/2017, de causas desconhecidas. 00:00:00 De primeira grandeza 00:02:24 Pequeno mapa do tempo 00:05:44 Velha roupa colorida 00:10:10 Medo de avião 00:15:15 Paralelas 00:19:55 Galos, noites e quintais 00:23:14 Na hora do almoço 00:26:17 Alucinação 00:30:22 Tudo outra vez 00:34:01 Mucuripe 00:37:42 Divina comédia humana 00:41:58 A palo seco