Rona RS's video: RONALDO ROSSI CARLOS DA SILVA Amarga Poesia

ATENÇÃO CANTORES, PRODUTORES E BANDAS INTERESSADAS: MÚSICA INÉDITA! Dedico essa postagem ao meu amigo e parceiro Carlos da Silva, o saudoso e talentoso Carlinhos, que já não está entre nós. É um tributo ao que poderíamos ter alcançado na música, sendo finalmente revelado “ao mundo” aqui, especialmente, aos artistas e produtores que se interessem em gravá-la, aperfeiçoando-a na voz, na interpretação, nos arranjos e no ritmo. Essa gravação é caseira, amadora, antiga, enfim, cheia de imperfeições, mas feita com muita paixão, alegria e sonho! Como disse Lulu Santos em sua canção MINHA VIDA, “os garotos da escola só a fim de jogar bola/e eu queria ir tocar guitarra na TV...” (bem isso!). Virão outras e mesmo apresentando-as assim a vocês, não consigo ter vergonha disso! Confio nos seus ouvidos mais que treinados... rsrs... Ao prepará-las para esta postagem, juntamente com a revisão e digitação das letras, me emocionei tudo de novo! Ressalvado o abismo das proporções, tenho no DNA o fato de ser o 1º neto de Mário Rossi, poeta/compositor considerado um dos grandes letristas da música brasileira dos anos 40 até os 60, coautor de clássicos como Que Será (sucesso nacional na voz de Dalva de Oliveira), Beija-me (nas vozes de Elza Soares, Ciro Monteiro, Zeca Pagodinho e mais recentemente, Ludmilla, entre outros), Se o Tempo Entendesse (nas vozes de Elizeth Cardoso e Rosa Passos), O Sorriso do Paulinho (na voz de Isaurinha Garcia), Renúncia (na voz de Nelson Gonçalves, depois regravada por Tim Maia) e tantas outras. Minha mãe (Zenith) também herdou o talento de seu pai, compõe muito bem e é ótima nos teclados, apreciadora do Samba e do Carnaval. As composições que postarei aqui, são frutos da parceria com um amigo de infância, o Carlos, de família nordestina muito modesta e enorme talento, inversamente proporcional às dificuldades de sua vida cotidiana naqueles tempos. A música sempre foi um traço comum entre nós e criamos boas coisas juntos. Pois é... Entramos na roda viva chamada Vida, assumimos compromissos de trabalho não-musical, e essa tal de Vida atropelou os nossos planos. O tempo passa e hoje, de uma hora para outra confinado e fazendo parte de grupos de risco, resolvi abrir a velha pasta de papéis amarelos, espanei a poeira da timidez e selecionei algumas amostras do que compusemos. Tenho um pressuposto de que não existe música velha. O que existe é música boa ou música ruim. Simples assim! “Se eu quiser falar com Deus/Tenho que me aventurar/Tenho que subir aos céus/Sem cordas pra segurar...”, disse o poeta. É bem verdade que, lá atrás, o silêncio das respostas que não vieram nos entristeceu. Não percebemos que só o amor por música era pouco para o nosso projeto. Nosso senso de autocrítica até nos autorizava a ir em frente, mas era preciso uma dose muito, muito maior de determinação, além de contar com os tais - não menos importantes! - bafejos da sorte. Ter uma ou mais canções gravadas por vocês, será “subir aos céus” de tanta alegria! Novas perspectivas! Vou ficando por aqui. Além do e-mail rona.rs@gmail.com, posso ser contactado pelo WhatsApp (21) 999844305. Agradecimentos especiais à Lucia do ótimo canal “Lucia MB19”, no YouTube, pela primorosa edição de vídeo e escolha perfeita das imagens. Já acompanhava o seu trabalho e o seu bom gosto há anos. Para nossa sorte e satisfação, ela aceitou o meu convite e deu um show! Finalizando, é muito sério esse dom divino do artista! Cabe a ele espelhar a Primavera, que insiste em florir mesmo na adversidade, até no meio de pedras pontiagudas e escorregadias, para deleite dos olhos, do coração e da alma. Que assim seja! (Já estou imaginando a sua alegria, meu irmão. Fique em paz!) AMARGA POESIA Ronaldo Rossi & Carlos da Silva (in memoriam) Meu amor, eu sinto em dizer Que estou em maus lençóis E que tanto tempo faz Que eu não ouço a minha voz... Sinto que nessa corrida desvairada eu me perdi Tanto tempo se passou que eu nem sequer senti... É, como vou contar vantagens, se é que há? Quem de sonhos e miragens sobreviverá... sobreviverá? Minha sensibilidade é como folha Que vai ao chão Peço mil desculpas Por essa força de expressão Mas me sinto como os velhos carnavais No passado me envolvi, não volto mais... É, vou viver de fantasias para não chorar Dessa amarga poesia vou me desgarrar... me desgarrar!