jorbacdc's video: Os m dicos escravos na vis o da m dia hip crita e reacion ria

Este vídeo mostra a gritante hipocrisia da mídia brasileira. Quando os médicos cubanos chegaram ao Brasil para atender a população carente que não dispõe de médicos e que não tem condições de pagar um plano de saúde, foram chamados de "escravos" por praticamente todos os veículos de comunicação. Como todo mundo sabe, a mídia tem como donos as poucas famílias bilionárias que servem à extrema-direita que odeia Cuba e que torce o nariz para a ascensão social de pobres e negros. E os médicos cubanos, em grande parte negros, sofreram brutal preconceito inclusive por colunistas da grande mídia. Eliane Castanhêde, por exemplo, do jornal Folha de São Paulo, chamou o avião que trouxe médicos cubanos ao Brasil de "avião negreiro", numa comparação tosca aos navios que traziam escravos ao país. Vários outros colunistas seguiram o mesmo padrão, como o ultra-direita Alexandre Garcia, da Globo. No vídeo, o jornalista da Globo fala mal de Cuba e, como todos da mídia, omite que o dinheiro pago à Organização Panamericana de Saúde é repassado para o governo cubano reinvestir na saúde pública do país e em pesquisas científicas na área. Não fosse assim, como Cuba, que sofre violento embargo econômico imposto pelos EUA, conseguiria formar tantos médicos de qualidade; realizar tantas pesquisas científicas avançadas na área de saúde e ainda "exportar" médicos para atender pessoas em dezenas de países? Além da ignorância propagada pela mídia, sindicatos e corporações médicas atacaram violentamente - por declarações e ações na justiça - a contratação de médicos estrangeiros para o programa Mais Médicos do governo federal. E o alvo principal da raiva corporativista foram exatamente os médicos cubanos, a ponto de médicos brasileiros - com vaias e gritos de "escravos! escravos!" - terem hostilizado de forma patética os colegas cubanos no momento em que eles saíam de um curso preparatório para atender brasileiros. A cena deprimente aconteceu em Fortaleza, Ceará. O curioso dessa polêmica é que no ano anterior, 2012, ninguém - nem a mídia; nem sindicatos médicos; nem fiscais do trabalho - protestou ou esboçou qualquer reação quando a FIFA, bilionária entidade internacional de futebol, chegou ao Brasil para contratar profissionais das mais diversas áreas sem remuneração - inclusive, claro, médicos. Em vez de "trabalho escravo", chamaram de "trabalho voluntário". Em suma, quando médicos cubanos (remunerados) chegaram para, com abnegação, trabalhar para atender as pessoas que não têm condições de pagar os caros planos de saúde, foram chamados de "escravos". E quando a FIFA chegou para contratar médicos para trabalharem de graça para atender as pessoas (normalmente torcedores abastados) que tem condições de pagar planos de saúde, foram chamados de "voluntários".